de onde vieste, genializar-te
sem ter culpa de quem deixas
pr’atrás,
consegue consigo mesmo sua sina,
ainda que impossível.
O estridente inverno, busca com
ele;
o augusto outono, respira-o infindo.
Abraça a dor, qual aranha sua teia.
Sê, pois, consciente da indiferença
hodiernos atos teus.
Tem a ti o eterno como presente.
As coisas que te rondam jamais
sejam
mais nem menos que as coisas que te
rondam.
Cai antes de andar, o chão antes do
ar.
Assim, serás qual deuses.
Como infante sem semblante
franzido,
sê, inteiro, pesado em sóbria
essência,
e por Zéfiro levado, ludibundo.
Sói perderes-te no espaço do mundo.
Longa arte, longa vida.
Longa arte, longa vida.