segunda-feira, 4 de março de 2013

Kim jesteś?

Não possa ser poeta sem sair
de onde vieste, genializar-te
sem ter culpa de quem deixas pr’atrás,
consegue consigo mesmo sua sina,
ainda que impossível.

O estridente inverno, busca com ele;
o augusto outono, respira-o infindo.
Abraça a dor, qual aranha sua teia.
Sê, pois, consciente da indiferença
hodiernos atos teus.

Tem a ti o eterno como presente.
As coisas que te rondam jamais sejam
mais nem menos que as coisas que te rondam.
Cai antes de andar, o chão antes do ar.
Assim, serás qual deuses.

Como infante sem semblante franzido,
sê, inteiro, pesado em sóbria essência,
e por Zéfiro levado, ludibundo.
Sói perderes-te no espaço do mundo.
Longa arte, longa vida.