sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Den Tollern

"Ach",
sagte ich alle(i)n,
"die Welt wird
mit jedem Tag breiter.

Einst war es, ich weiß,
eng, wie die mich umgebene Welt;
durfte ich eine Angst haben
doch heute laufe ich weiter.

Dort seh' ich die Mauer,
in die ich laufe
und nichts Andres will ich tun

Dort seh' ich das letzte Zimmer,
und falls ich die Richtung ändern muss,
will ich es gar nicht.

Ich lass mal die Welt mich fressen."
sagte ich alle(i)n.

Felipe Pacheco.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Engano

As coisas da rua são coisas
E assim também é o homem
Nisso não há problema algum

Esqueço. Num momento em que devia
Falar da rua e coisa que alivia
Foi-se pelo meu (falso) ser embora
Embora o verdadeira haja sem mora

Ah! não tento encontrar, pois sei que não
Acho sequer o pó prostrado são
Salvo infantilidade ali jogada
Perto das coisas pra ser enfim pisada

Pena, senhor doutor, que minto muito
Não culpe, por favor, a mim se sou
Mais um trouxa bocó que te enganou

Felipe Pacheco.

sábado, 10 de novembro de 2012

Todos os meus pontos
Se tornam vírgulas
Porque me nego
O fim da obra
Só para afirmar
Que a vida é assim.

Felipe Pacheco.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Uma criança me olha
Nenhuma rosa nasce
Nenhuma rua para
Nenhum homem morre
Nenhum ninguém nada

Uma criança me olha
Se a olho de volta...

Ah, como perdemos esse poder!

Felipe Pacheco.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tal qual a formiga
que é empurrada e não morre
na queda,
a criança não se espatifa
é levada pelo vento
divertindo-se com Zéfiro.

Ao chegar no chão
olha para cima, mas
não para olhar quem a jogou ali
mas por causa do céu.
Dali ele é diferente.

Felipe Pacheco