domingo, 12 de abril de 2015

Soneto ao rapaz triste, pelo qual o poeta, outrora, sentira algo que hoje torna ao riso.

Subindo a ladeira, um ponto azul
Passeando sua linda cachorra
Volta pra casa onde pôde
Tanto tempo ser sul.

Grã pena que corra!
Enfia a chave fundo
No portão gradeado injusto:
Louco! sua mão treme sem porra!

Ah, noite fria, orvalhada em lua
Na orla de sua entrada, uma folha
Orna em m'nha face escura uma luz

Que defronta alegre sua forca
Te ofusca o azul rumo ao triste fusco...
Não tema! Alegria é quem fura bolhas!