quinta-feira, 13 de abril de 2017

Sou triste como um dia qualquer
Em que há chuva e céu, sol e noite
Como quando nos encontramos
E vimos o tempo passar
E me lembro do cheiro do suor
De sua vagina salgada
A força de seus braços me quebrando
Coluna, pescoço e lábios
Reduzindo-me a esqueleto
Você teme que te roube a pele
Que a foca não tenha filho
E do homem escondido nos ossos
– Te vejo correr embora
– Me deixo-te correr afora
no tutano que te faz-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário