sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nunca vi tempos
Nem humanidade
Nesta mole imensa
Do que sinto infrene.

O mundo inteiro
Reveste-se por pétreo
Horror ao horror
De existirem só.

Enquanto caminho,
Órgãos dos outeiros
Gemem vaporosos
Minha alma externa
E desenham vagos
O coro das cores
E abrem meus olhos,
Abléfaros, ao real.

Salve gente! homem! e humanidade!
Seus rostos mostram ainda a altivez
Superna de quando há teratos no viver
E a beleza se expande sem arautos.

De tempos em tempos, qual teogonia,
Incorre o homem, inalvedrio,
Às catástrofes, guerras e ao perigo
Quando o choro é fonte de serenidade

E a vida, enfim, é idade de ouro.

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